Segunda, 28 de maio | |
Envio intencional |
Quem deve ir? (Mt 7:17, 18; Jo 4:36). Nem todos que professam zelo pelo ministério e pela salvação de pessoas têm motivos puros (Mt 7:15). Quando uma congregação considera quem dos seus integrantes é qualificado para ser enviado ao ministério, é fundamental que a igreja reconheça suas limitações. Nenhum ser humano é capaz de ler os motivos do coração de outras pessoas. Quão maravilhoso, então, é saber que Deus toma conta dessa limitação oferecendo orientação em Mateus 7:15-20.
“Não importa quantos enumeremos para a causa, mas quantos conquistamos para Cristo. É por isso que toda a nossa ênfase precisa ser na qualidade de vida.
Se conseguimos a qualidade certa de liderança, o restante seguirá.”1 Um dos mais preciosos frutos de um bom cristão é a humildade. João 4:35-38 descreve duas pessoas semeando e colhendo, trabalhando pelas pessoas de tal maneira que todos se regozijam no resultado final, independentemente do papel que, pessoalmente, exerceram na salvação daquela pessoa. É importante lembrar que bons frutos serão muito mais produtivos na pregação do evangelho do que maus frutos envolvidos por uma linda embalagem. “O melhor trabalho é sempre mais bem feito com poucos. É melhor dar um ano ou mais para um ou dois homens que aprenderam o que significa conquistar para Cristo do que gastar toda uma existência com uma congregação apenas mantendo o programa em funcionamento.”2
Como deveriam ir? (Êx 18:13-26). Ninguém deveria carregar sozinho os fardos do ministério. A história de Jetro e Moisés provê um exemplo de como os discípulos de Cristo podem se organizar para repartir a obra do ministério. Moisés modelou o fruto da humildade não apenas ouvindo e aceitando o conselho de seu sogro, mas abrindo mão de parte de sua autoridade ao dividir a liderança com outros.
“Deve-se decidir onde quer que o ministério conte – no aplauso momentâneo do reconhecimento popular ou na reprodução de sua vida em alguns poucos homens escolhidos que continuarão sua obra após ele ter partido.”3 Há espaço no serviço de Deus para mais do que apenas liderança para receber os benefícios de fazer a diferença na vida de outras pessoas. Mas é importante observar que Jetro não recomendou o método “aceite ajuda de qualquer um”. Ao contrário, sugeriu que certos frutos fossem observados na vida de um indivíduo antes de colocá-lo na liderança (v. 21).
Mesmo em conflito? (At 6:1-8). Que existe trabalho suficiente para todos, não há dúvidas. Jesus claramente afirmou em Mateus 9:37 e 38 que os campos estão maduros para a colheita. Fiel à natureza humana, contudo, o estímulo para o envio de mais trabalhadores é frequente quando surge algum tipo de dificuldade. Atos 6:1-8 nos conta a história de um problema na igreja primitiva sobre a desigualdade aparente da distribuição diária. Em lugar de se tornarem distraídos de sua missão e começarem um debate sobre a veracidade ou não das acusações, os discípulos rapidamente reconheceram a necessidade de mais trabalhadores. Talvez a queixa tivesse surgido antes, em pequenas situações, nas quais os discípulos tivessem tentado de alguma forma resolver o problema. Vez ou outra, talvez os 12 tivessem se envolvido em algum grau. O fato de eles terem escolhido sete homens para ajudar na fiscalização desse projeto parece indicar que o programa de distribuição diária era um trabalho que consumia muito mais tempo do que apenas um ou dois discípulos pudessem gerenciar. Qualquer que fosse o caso e como quer que tenha se desenvolvido, eventualmente o problema se tornou grande o suficiente para levar a liderança a agir imediatamente.
Com humildade, os 12 discípulos delegaram alguns de seus poderes de liderança para outros e abriram a porta para que os dons espirituais crescessem, o que resultou na divulgação mais rápida do evangelho. Novamente, a escolha de quem deveria preencher essas novas posições não foi deixada para um processo de seleção do tipo “pegue-quem-você-encontrar”. Atos 6:3 define os parâmetros gerais que a congregação deveria usar ao procurar seus novos servos do evangelho, e Atos 6:7 e 8 descreve o resultado.
Semelhantemente, foi no contexto de um conflito que Barnabé escolheu levar Marcos na missão para Chipre (Atos 15:36-40). Essa controvérsia demonstra a importância de permanecer focalizado na Comissão do Evangelho, enquanto as dificuldades são transformadas em oportunidades.
“Precisamos sempre nos lembrar, também, de que o alvo é a conquista do mundo. Não ousamos deixar uma preocupação menor comprometer nossa estratégia. Por demasiadas vezes, alguém tem sido trazido para o local do serviço somente para ser descartado sem treinamento prévio ou inspiração. [...] em pouco tempo um líder promissor está estragado por falta de supervisão.”4 Felizmente, no caso de João Marcos, os dons espirituais dele foram reconhecidos por Barnabé e desenvolvidos numa época em que certamente Satanás estava trabalhando para evitar que ele algum dia se tornasse útil ao ministério.
1. Robert E. Coleman, The Master Plan of Evangelism (Grand Rapids, Mich.: Spire Books, 1964), p. 125.
2. Ibid., p. 117.
3. Ibid., p. 37.
4. Ibid., p. 100.
Pense nisto
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1. Quais são alguns bons frutos que você gosta de ver numa liderança espiritual? Por quê?
2. Como líder, quais são alguns dos riscos e benefícios de repartir os fardos no ministério? |
Mãos à Bíblia
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Os membros da igreja têm um tremendo potencial para o ministério. Muitos são entusiasmados acerca do envolvimento nas estratégias evangelísticas da igreja, mas os líderes às vezes são relutantes em deixar que eles se envolvam. Às vezes, revela-se o medo de que os membros da igreja façam ou digam algo errado, fazendo com que as pessoas se afastem de Cristo e de Sua igreja. Mas o Espírito Santo e Suas promessas não são apenas para os líderes. São para todos os que estão dispostos a se entregar ao Senhor com fé e submissão. Servem para todos os que estão dispostos a negar a si mesmos e trabalhar pela salvação dos outros.
3. Que princípio ensinado por Jesus deve aliviar os temores dos líderes? Como podemos distinguir entre os frutos bons e maus, e como a liderança da igreja deve se envolver nesse processo? De que maneira podemos fazer isso sem julgar os outros? Mt 7:17, 18 |
Lisa Eisele Poole – Elbert, Colorado, EUA
Terça, 29 de maio | |
Apenas faça! |
O primeiro passo em direção à evangelização do mundo é permitir que Deus nos prepare para isso.
“A boa árvore produzirá bom fruto. Se o fruto for de sabor desagradável e sem valor, a árvore será má. Assim o fruto dado na vida testifica das condições do coração e da excelência do caráter. As boas obras jamais poderão comprar a salvação. Elas são, porém, um indício da fé que opera por amor e purifica a alma. E se bem que a recompensa eterna não seja concedida em virtude de nossos méritos, será, todavia, em proporção à obra realizada por meio da graça de Jesus.
“Cristo apresentou assim os princípios de Seu reino, e mostrou serem eles a grande norma da vida. Para fazer gravar melhor a lição, dá um exemplo. Não vos basta, diz Ele, ouvirdes Minhas palavras. Cumpre-vos, pela obediência, torná-las o fundamento de vosso caráter” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 314).
O segundo passo é estar desejoso de ser usado por Deus em qualquer posição que Ele escolha nos envolver. Isso, algumas vezes, inclui tirar-nos de nossa zona de conforto para desenvolver pontos fortes em nós que, de outra forma, não descobriríamos. Também requer que reconheçamos que todos à nossa volta têm sido chamados e estão também em desenvolvimento.
“‘Um semeia, e outro colhe’ (Jo 4:37). O Salvador falou essas palavras em antecipação à ordem de enviar Seus discípulos avante. Através da Judeia, Cristo esteve semeando as sementes da verdade. Clara e distintamente, Ele tinha delineado o plano da salvação; pois a verdade nunca se afastou de Seus lábios. [...]
“Deus tem necessidade de homens e mulheres que fervorosamente trabalhem para executar o trabalho que lhes foi confiado. Ele os usará como Seus instrumentos na conversão de pessoas. Alguns semearão, e alguns ceifarão a colheita da semente que foi semeada. Permita que cada um faça seu melhor para aperfeiçoar seus talentos, para que Deus possa usá-lo tanto como semeador como ceifeiro” (Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 409, 410).
Mãos à Bíblia
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Em uma sociedade multicultural, faríamos bem em preparar missionários da mesma nacionalidade e língua das pessoas a ser alcançadas. A faixa etária também deveria ser compatível. Além disso, poderíamos considerar a maturidade espiritual, conhecimento bíblico, habilidades de comunicação e experiência de salvação do missionário. Em outras palavras, devemos levar a sério a maturidade do obreiro e sua adaptação à realidade que o cerca. 4. Quais diferentes tarefas eram realizadas pelos cristãos? Quais foram os resultados quando os ministérios e habilidades específicos foram harmonizados? At 6:1-8 Embora os talentos naturais, dons espirituais e treinamento específico sejam importantes para um ministério espiritual bem-sucedido, as atitudes pessoais são, talvez, ainda mais importantes. Note que, em Atos 16:1-5 e 4:36 e 37, a atitude de Timóteo e Barnabé foi de fazer o que fosse preciso para apoiar o ministério evangélico. |
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